Como toda primeira quinzena de Agosto, chegamos a mais uma época de premiação e festival no Brasil. Organizado e realizado em Gramado, no Rio Grande do Sul, o Kikito chega mais um ano premiando à obras e trabalhos de qualidade de nosso país e da América Latina!
Desde o último dia 10 está sendo realizado o evento.
De 10 à 18 de Agosto teremos algumas apresentações, pequenas cerimônias e homenagens. E finalmente, no último dia, ocorre a tão esperada cerimônia de premiação e entrega dos kikitos.
Mas antes de falarmos sobre o evento, conheça um pouco sobre a estatueta...
O Kikito
Símbolo e prêmio máximo concedido no Festival de Gramado, foi criado pela artesã Elisabeth Rosenfeld. Inicialmente, o Kikito, figura risonha, um “Deus do bom-humor”, com 33 centímetros de altura era o símbolo da cidade de Gramado, e apenas mais tarde tornou-se o troféu do festival. Muitas vezes referido erroneamente como “Kikito de Ouro”, o Kikito era confeccionado em madeira. A confusão se dá por referência a prêmios de outros festivais, como a Palma de Ouro de Cannes ou o Leão de Ouro de Veneza. Atualmente, o prêmio é fabricado em bronze.
O Festival
Chegando ao seu 40º aniversário, o Festival de Cinema de gramado – o segundo mais
antigo do Brasil – foi palco de momentos significativos para a história e
afirmação da arte cinematográfica no país. Gramado passou a fazer parte
do cenário do cinema nacional em janeiro de 1973, quando o Festival
Brasileiro de Gramado foi oficializado pelo Instituto Nacional de
Cinema. A primeira edição surgiu da união da Prefeitura Municipal de
Gramado com a Companhia Jornalística Caldas Júnior, a Embrafilme, a
Fundação Nacional de Arte e as secretarias de Turismo e Educação e
Cultura do Estado.
O primeiro Festival do Cinema Brasileiro de Gramado
aconteceu de 10 a 14 de janeiro de 1973. A disputa pelo Kikito, o “Deus
da Alegria”, cuja estatueta foi criada por Elizabeth Rosenfeld, grande
incentivadora do artesanato gramadense, passou a animar debates, criar
polêmicas e transformar a criação cinematográfica nacional no único
assunto de artistas, realizadores, estudiosos de cinema, imprensa e
público em geral.
Na primeira edição, foram distribuídos apenas cinco
Kikitos. O prêmio de melhor filme foi para “Toda Nudez Será Castigada”,
de Arnaldo Jabor, enquanto Carlos Kroeber foi eleito o melhor ator por
“A Casa Assassinada”, e Darlene Glória foi consagrada como melhor atriz
por “Toda Nudez Será Castigada”. Os prêmios especiais ficaram com
Antônio Carlos Jobim, pela música de “A Casa Assassinada”, e André
Faria, pela fotografia de “Roleta Russa”. As primeiras edições do
Festival, realizadas no verão, foram marcadas por sensacionalismo, nudez
e a crise de estrelas que buscavam fama e reconhecimento na serra
gaúcha.
No início dos anos 90, com a posse do governo de
Fernando Collor, o Brasil presenciou um processo de quase extinção da
cinematografia nacional. O Festival de Gramado, para sobreviver,
tornou-se, então, internacional. Por isso a vigésima edição já foi de
cinema ibero-americano. Realizado entre 15 e 22 de agosto de 1992, teve
filmes da Venezuela, Peru, México, Portugal, Brasil, Argentina, Chile,
Espanha, Cuba e Colômbia (vencedor do Kikito de melhor filme com
“Técnicas de Duelo”, de Sergio Cabrera. Participaram igualmente da
vigésima edição curtas-metragens brasileiros em 35 e 16mm. A repercussão
foi ótima, coincidindo com a criação do Mercosul e a busca de uma
aproximação mais eficiente do Brasil com os “hermanos” latinos.
A nova fórmula do Festival de Gramado, inédita no
Brasil, foi aprovada dando novo significado ao evento, agora com sua
data fixada sempre na primeira quinzena de agosto. O Festival começou no
verão, mas Gramado tem o seu ápice turístico nos meses frios. Assim, o
Festival tornou-se uma atração a mais no inverno do Rio Grande do Sul, o
mais “europeu” dos estados brasileiros graças ao grande fluxo de
imigrantes alemães e italianos que marcaram, desde o século passado, a
cultura e os costumes da região.
Na edição de 2011, o grande vencedor da seleção nacional foi “Uma Longa
Viagem”, de Lúcia Murat, que arrebatou prêmios do júri oficial e
popular. Entre os latinos, a atenção ficou dividida entre o argentino
“Medianeras – Buenos Aires na Era do Amor Virtual”, de Gustavo Taretto, e
o mexicamo “A Tiro de Piedra”, de Sebastian Hiriart. Outros destaques
foram os filmes de abertura e encerramento: “O Palhaço”, de Selton
Mello, e “Sudoeste”, de Eduardo Nunes, respectivamente.
É uma das premiações mais tradicionais e conhecidas no Brasil. O festival é hoje um espaço indispensável para a divulgação, discussão, crítica e incentivo à criação cinematográfica nacional.
Acompanhe abaixo a lista de premiações do festival, lembrando que amanhã acontece a entrega do Kikito para as seguintes categorias.
Filmes Brasileiros
- Melhor filme
- Melhor Diretor
- Melhor Ator
- Melhor Atriz
- Melhor Ator Coadjuvaste
- Melhor Atriz Coadjuvastes
- Melhor Roteiro
- Melhor Edição
- Melhor Fotografia
- Melhor Canção Original
- Melhor Diretor de Arte
- Prêmio Especial do Júri
- Prêmio do Júri Popular
Filmes Latinos
- Melhor Filme
- Melhor Diretor
- Melhor Ator
- Melhor Atriz
- Premio Especial do Júri
- Critics Award
- Premio do júri popular
Premios Especiais
- Troféu Oscarito
- Troféu Eduardo Abelin
- Comenda das Hortências
Ao final do festival voltarei com todos os principais vencedores do evento!
Curioso para saber dos ganhadores!
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