sexta-feira, 17 de agosto de 2012

FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO
 








Como toda primeira quinzena de Agosto, chegamos a mais uma época de premiação e festival no Brasil. Organizado e realizado em Gramado, no Rio Grande do Sul, o Kikito chega mais um ano premiando à obras e trabalhos de qualidade de nosso país e da América Latina!

Desde o último dia 10 está sendo realizado o evento.

De 10 à 18 de Agosto teremos algumas apresentações, pequenas cerimônias e homenagens. E finalmente, no último dia, ocorre a tão esperada cerimônia de premiação e entrega dos kikitos.




Mas antes de falarmos sobre o evento, conheça um pouco sobre a estatueta...



O Kikito 




Símbolo e prêmio máximo concedido no Festival de Gramado, foi criado pela artesã Elisabeth Rosenfeld. Inicialmente, o Kikito, figura risonha, um “Deus do bom-humor”, com 33 centímetros de altura era o símbolo da cidade de Gramado, e apenas mais tarde tornou-se o troféu do festival. Muitas vezes referido erroneamente como “Kikito de Ouro”, o Kikito era confeccionado em madeira. A confusão se dá  por referência a prêmios de outros festivais, como a Palma de Ouro de Cannes ou o Leão de Ouro de Veneza. Atualmente, o prêmio é fabricado em bronze.






O Festival





Chegando ao seu 40º aniversário, o Festival de Cinema de gramado – o segundo mais antigo do Brasil – foi palco de momentos significativos para a história e afirmação da arte cinematográfica no país. Gramado passou a fazer parte do cenário do cinema nacional em janeiro de 1973, quando o Festival Brasileiro de Gramado foi oficializado pelo Instituto Nacional de Cinema. A primeira edição surgiu da união da Prefeitura Municipal de Gramado com a Companhia Jornalística Caldas Júnior, a Embrafilme, a Fundação Nacional de Arte e as secretarias de Turismo e Educação e Cultura do Estado.

O primeiro Festival do Cinema Brasileiro de Gramado aconteceu de 10 a 14 de janeiro de 1973. A disputa pelo Kikito, o “Deus da Alegria”, cuja estatueta foi criada por Elizabeth Rosenfeld, grande incentivadora do artesanato gramadense, passou a animar debates, criar polêmicas e transformar a criação cinematográfica nacional no único assunto de artistas, realizadores, estudiosos de cinema, imprensa e público em geral.

Na primeira edição, foram distribuídos apenas cinco Kikitos. O prêmio de melhor filme foi para “Toda Nudez Será Castigada”, de Arnaldo Jabor, enquanto Carlos Kroeber foi eleito o melhor ator por “A Casa Assassinada”, e Darlene Glória foi consagrada como melhor atriz por “Toda Nudez Será Castigada”. Os prêmios especiais ficaram com Antônio Carlos Jobim, pela música de “A Casa Assassinada”, e André Faria, pela fotografia de “Roleta Russa”. As primeiras edições do Festival, realizadas no verão, foram marcadas por sensacionalismo, nudez e a crise de estrelas que buscavam fama e reconhecimento na serra gaúcha.


No início dos anos 90, com a posse do governo de Fernando Collor, o Brasil presenciou um processo de quase extinção da cinematografia nacional. O Festival de Gramado, para sobreviver, tornou-se, então, internacional. Por isso a vigésima edição já foi de cinema ibero-americano. Realizado entre 15 e 22 de agosto de 1992, teve filmes da Venezuela, Peru, México, Portugal, Brasil, Argentina, Chile, Espanha, Cuba e Colômbia (vencedor do Kikito de melhor filme com “Técnicas de Duelo”, de Sergio Cabrera. Participaram igualmente da vigésima edição curtas-metragens brasileiros em 35 e 16mm. A repercussão foi ótima, coincidindo com a criação do Mercosul e a busca de uma aproximação mais eficiente do Brasil com os “hermanos” latinos.

A nova fórmula do Festival de Gramado, inédita no Brasil, foi aprovada dando novo significado ao evento, agora com sua data fixada sempre na primeira quinzena de agosto. O Festival começou no verão, mas Gramado tem o seu ápice turístico nos meses frios. Assim, o Festival tornou-se uma atração a mais no inverno do Rio Grande do Sul, o mais “europeu” dos estados brasileiros graças ao grande fluxo de imigrantes alemães e italianos que marcaram, desde o século passado, a cultura e os costumes da região.



Na edição de 2011, o grande vencedor da seleção nacional foi “Uma Longa Viagem”, de Lúcia Murat, que arrebatou prêmios do júri oficial e popular. Entre os latinos, a atenção ficou dividida entre o argentino “Medianeras – Buenos Aires na Era do Amor Virtual”, de Gustavo Taretto, e o mexicamo “A Tiro de Piedra”, de Sebastian Hiriart. Outros destaques foram os filmes de abertura e encerramento: “O Palhaço”, de Selton Mello, e “Sudoeste”, de Eduardo Nunes, respectivamente.






É uma das premiações mais tradicionais e conhecidas no Brasil. O festival é hoje um espaço indispensável para a divulgação, discussão, crítica e incentivo à criação cinematográfica nacional.




Acompanhe abaixo a lista de premiações do festival, lembrando que amanhã acontece a entrega do Kikito para as seguintes categorias.


Filmes Brasileiros

  • Melhor filme
  • Melhor Diretor
  • Melhor Ator
  • Melhor Atriz
  • Melhor Ator Coadjuvaste
  • Melhor Atriz Coadjuvastes
  • Melhor Roteiro
  • Melhor Edição
  • Melhor Fotografia
  • Melhor Canção Original
  • Melhor Diretor de Arte
  • Prêmio Especial do Júri
  • Prêmio do Júri Popular

 

Filmes Latinos

  • Melhor Filme
  • Melhor Diretor
  • Melhor Ator
  • Melhor Atriz
  • Premio Especial do Júri
  • Critics Award
  • Premio do júri popular

 

Premios Especiais

  • Troféu Oscarito
  • Troféu Eduardo Abelin
  • Comenda das Hortências


Ao final do festival voltarei com todos os principais vencedores do evento!



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