Quando se fala de filmes que marcaram época, um dos principais que vem à cabeça é O Poderoso Chefão. Quando se fala de grandes atores, logo vem à cabeça Al Pacino. E não podia ser diferente, a junção de um filme incrível com um grande ator, resultado disso, foi o sucesso da trilogia.
Provavelmente os cinéfilos de plantão já estão cansados de ouvir falar desses três atores e principalmente de O Poderoso Chefão, porém, como o blog não é apenas para os mais cinéfilos, mas também para um simples amante da sétima arte, esse será um post especial, tentando agradar a todos os leitores.
Extraordinário filme de Francis Ford Coppola, rodado nos anos de 72, 74 e 90, O Poderoso Chefão veio para marcar uma era e gravar seu nome na história.
Al Pacino está simplesmente incrível! Conseguiu se consagrar com participações extraordinárias, principalmente em suas atuações épicas no segundo e terceiro filme um poderoso mafioso italiano que teve início com Marlon Brando. Com a morte de Don Corleone (Brando) e a consequente morte de seu possível sucessor que seria Sonny, filho mais velho de Corleone, Michael, seu filho mais novo, assume o poderoso título. A partir daí dá-se início a uma era de muito poder, consequentemente, surge muita traição e desafetos, gerados pela ganância. Porém, Michael não deixa barato, um dos que sente na pele é seu próprio irmão, Fredo, que é morto amando de Michael Corleone após traí-lo.
Robert De Niro tem uma participação pequena, porém muito importante. Na segunda parte de O Poderoso Chefão, De Niro interpreta Vito Corleone jovem (Marlon Brando), mostrando desde o seu início na Itália, onde teve sua família assassinada, até sua chegada aos Estados Unidos, onde começou, primeiramente, matando o assassino de sua família, e aos poucos ao lado de seus amigos a eliminar seus desafetos e a se dar bem. Aos poucos foi conquistando a confiança de sua vizinhança e fazendo favores a todos. Logo, controlou os negócios ilegais na Nova York dos anos 40 e 50, em constantes conflitos com outras famílias, se tornando o poderoso e temido Don Corleone.
Andy Garcia rouba a cena no terceiro filme interpretando Vicent, sobrinho de Michael Corleone (Pacino), assumindo o "papel" e "status" de Don Corleone. Após Michael passar mal e ser internado por problemas com diabetes, ele começa a ensaiar a idéia de seu sobrinho, Vicent, ocupar seu posto, mas primeiro o coloca como seu braço direito e procura acabar com seus últimos desafetos, entre eles, um dos mais poderosos, o Vaticano. Porém, o plano não sai como o esperado e numa tentativa de asassinato à Michael, sua filha, Mary acaba morrendo. Neste momento, Vicent já é seu sucessor, se tornando Don Vicenzo Corleone, sendo assim, o último Corleone no poder.
Acompanhe abaixo algumas curiosidades sobre as gravações e tudo o que rolou durante a trilogia...
Curiosidades
· Brando colocou pedaços de queijo na boca em seu teste para caracterizar-se como Don Corleone.
· A responsável pela edição de todos os testes foi Marcia Lucas, esposa de George na época.
· Centenas de milhares de dólares foram gastos em testes para o papel principal de O Poderoso Chefão. Todo esse valor poderia ter sido poupado se os produtores tivessem acatado a sugestão inicial de Coppola, Al Pacino, que acabou ganhando o papel.
· Francis Ford Coppola carregava por toda a parte, em uma bolsa reforçada, um fichário contendo todas as páginas comentadas por ele do livro de Mario Puzo: Poderia ter feito o filme só com ele, afirma.
· Outra das manias de Coppola é utilizar membros de sua família em todos os filmes da saga. O maestro responsável pela regência da trilha sonora inesquecível (criada por Nino Rota) é Carmine Coppola, pai de Francis e de Talia Shire (irmã de Coppola que interpreta Connie Corleone). A mãe do diretor aparece como figurante em diversas cenas, bem como os filhos e primos do cineasta. Um filme sobre famílias deve ser feito por uma, disse o cineasta.
· Todas as cenas envolvendo música ao vivo possuem músicos de verdade tocando. Nunca é utilizado playback. Coppola acredita que com isso melhora o ânimo dos atores.
· A cabeça de cavalo na cena na mansão do produtor de Hollywood é real. Foi conseguida em uma fábrica de rações para animais.
· Os tomates da antológica cena com Marlon Brando tiveram que ser importados - mais um gasto supérfluo de acordo com os produtores.
· Há milhares de detalhes ínfimos em toda a produção. Podemos encontrar desde os pára-choques dos carros da época (feitos de madeira, não de cromo), os adesivos de cota permitida de combustível no vidro dos automóveis até a cor das embalagens de comida chinesa do período retratadas de maneira muito fiel.
· A utilização do título O Poderoso Chefão - PARTE II, foi bastante ousada para a época, pois nenhuma continuação recebia um número após o nome, fato tão comum hoje em dia.
· A segunda parte da saga teve uma pré-estréia desastrosa. Ninguém entendeu o vaivém através do tempo e todos os presentes reclamaram que era muito confuso. Com apenas mais duas semanas até que o filme entrasse em cartaz, Coppola e o editor Walter Murch reduziram o número de cenas entrecortadas de 20 para apenas 12, tornando-o um sucesso imediato.
· No final do segundo filme há uma cena de flashback, em que toda a família está reunida para celebrar o aniversário de Don Vito. Durante as gravações desta cena, Marlon Brando não apareceu, como era o combinado. A solução foi fazer com que todos estivessem esperando ele chegar em casa numa festa surpresa. A seqüência é impressionante, pois mesmo sem Brando, Coppola consegue transmitir sua presença, apenas com o suspense de sua chegada.
· É dito que Com Coppola, o roteiro é como um jornal. Todo dia há um novo.
· Para o papel de Vincent (Andy Garcia), os produtores testaram Silvester Stallone e John Travolta.
· Por ironia do destino, o mesmo Coppola que ia ser substituído no primeiro filme por um diretor de ação, em Poderoso Chefão III teve que minimizar a violência a pedido dos produtores por causa da censura.
Existem muitas resenhas sobre essa trilogia, porém são sempre das formas mais tradicionais, abordando sempre a história passo a passo de cada filme, um por um. Através desse texto tentei mesclar e "linkar" a história de três filmes em apenas uma, pois é uma trilogia, ou seja, apenas uma história, uma sequência. E, principalmente, evidenciar e caracterizar 3 ícones do cinema mundial, AL PACINO, ROBERT DE NIRO E ANDY GARCIA!!!
Quem ainda não viu esta poderosa trilogia, eu recomendo!!! Não se assuste com o tempo de duração, pois eu garanto, vale a pena cada minuto!!!